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10 tendências L&D para entender como será 2025

Desde a irrupção da inteligência artificial até à crescente procura por soft skills, as organizações e os profissionais de L&D enfrentam novos desafios e oportunidades. Neste artigo, apresentamos os resultados do nosso último estudo implementado na Comunidade GoodHabitz através das 10 tendências mais relevantes que transformarão o panorama formativo, ajudando a entender como se preparar para liderar a mudança.

Este artigo inclui:
  • Os objetivos e tendências do L&D que definirão 2025.

  • Exemplos de propósitos dos profissionais de L&D para aderir a essas tendências.

  • Propósitos vs. Realidade: alguns exemplos de estatísticas que moldam a realidade global do L&D.

5 tendências chave dos Profissionais de L&D
1. Inteligência Artificial (IA), Automatização e Tecnologias Emergentes.

A aprendizagem impulsionada pela tecnologia está a transformar o panorama do L&D, oferecendo oportunidades ilimitadas, mas também desafios importantes; começando pelo desenvolvimento de competências digitais das próprias equipas de L&D, garantindo um uso ético da IA e fomentando uma mentalidade aberta à inovação.

As tendências mais destacadas no nosso estudo incluem:
  • Personalização da aprendizagem através da IA: ferramentas como o ChatGPT estão a revolucionar a forma de personalizar as experiências formativas, permitindo identificar lacunas de competências, ajustar conteúdos e criar itinerários únicos adaptados às necessidades de cada utilizador.
  • *Dado chave: 40% dos participantes consideram a IA uma prioridade estratégica para 2025, destacando a sua capacidade para escalar programas de aprendizagem e melhorar a precisão na tomada de decisões.
  • Otimização operacional: tecnologias como PowerBI, Microsoft 360 e Smartsheets estão a ser adotadas por 18% dos inquiridos para analisar dados, gerir projetos e melhorar a eficiência nos processos de L&D.
  • Tecnologias emergentes em ação: áreas como o design 3D, a metodologia BIM (Building Information Modeling) e a gamificação assistida por IA estão a ganhar popularidade, melhorando a experiência do utilizador e fomentando a participação ativa.
Propósitos destacados:
  • Cursos de Atualização em IA: manter-se atualizado com as últimas tendências tecnológicas através de cursos trimestrais focados em IA e sua aplicação prática no âmbito L&D.
  • Domínio de ferramentas tecnológicas: aperfeiçoar competências em plataformas chave de gestão de projetos para garantir que as decisões estratégicas estejam suportadas por dados precisos.
  • Automatização com escalabilidade: desenhar e implementar processos automatizados que permitam ampliar o alcance da aprendizagem a milhares de utilizadores sem comprometer a qualidade das experiências formativas.
  • 39% dos trabalhadores sentem que as formações em competências digitais que recebem são insuficientes.

  • 58% das empresas ainda utilizam folhas de Excel básicas para o acompanhamento do desempenho dos funcionários. (EmPerform)
2. Desenvolvimento de lideranças e competencias estratégicas

Parece que a liderança no século XXI já não se trata de gerir equipas, mas de inspirar transformação. Em 2025, os líderes de RH propõem-se a adotar práticas inovadoras para conectar com as suas equipas e fomentar uma cultura de aprendizagem contínua.

Tendências principais:
  • Liderança estratégica e transformacional: 30% dos profissionais de L&D querem melhorar competências como a gestão de equipas, o feedback efetivo e o pensamento estratégico, competências críticas para desenhar e implementar planos a longo prazo.
  • Coaching e mentoria: o coaching consolida-se como uma ferramenta essencial, com 20% dos líderes a priorizar certificados como ACC (ICF) para aperfeiçoar as suas práticas.
  • Gestão da mudança e diversidade cultural: 10% procuram especializar-se em gestão de projetos e mudança organizacional, enquanto 8% aspiram a papéis globais que exigem competências multiculturais avançadas.
Propósitos destacados:
  • Certificações e educação avançada: obter certificados chave como ACC, ATD ou CIPD, e completar programas académicos como um MBA para aprofundar competências estratégicas.
  • Desenho e implementação de Planos Estratégicos: liderar a criação de estratégias organizacionais que impulsionem resultados mensuráveis, integrando o coaching como uma prática fundamental na gestão do talento.
  • 70% dos líderes de RH consideram que os seus programas de liderança atuais não estão a preparar os seus líderes para o futuro (Gartner, 2025)

  • Embora 78% dos líderes afirmem fazer esforços para interagir com os funcionários, a realidade é menos animadora: menos de metade dos funcionários acredita que a liderança da sua organização é de "alta qualidade". (Gallup)
Comunicação e colaboração

A inteligência cultural e a adaptabilidade comunicativa posicionam-se como competências críticas para quem quer destacar-se num mundo cada vez mais interconectado. A capacidade para influenciar, negociar e liderar através de diferentes plataformas e contextos é chave para o sucesso em 2025 para os profissionais de RH.

Tendências principais:
  • Competências comunicativas avançadas: 25% dos profissionais mostram uma clara prioridade por aperfeiçoar as suas competências de oratória e apresentação, enquanto 15% procuram desenvolver competências de marketing e promoção (refletindo o aumento das competências necessárias para posicionar ideias, produtos ou serviços).
  • Gestão de equipas multiculturais: 12% dos inquiridos mostram um claro interesse em desenvolver competências interculturais e colaborar em ambientes globais. E é que, gerir equipas distribuídas em diferentes fusos horários e com valores culturais diversos requer competências avançadas de colaboração e negociação, além de sensibilidade cultural para criar um ambiente de trabalho inclusivo.
Propósitos destacados:
  • Storytelling e apresentações impactantes: dominar a arte de transmitir mensagens convincentes que conectem emocionalmente com a audiência.
  • Negociação e gestão de conflitos: fortalecer competências para negociar contratos, mediar conflitos e construir relações baseadas na confiança e respeito mútuo.
  • 100% dos trabalhadores afirmam experimentar problemas de comunicação no local de trabalho pelo menos uma vez por semana.(Workvivo)

  • 85% das pessoas sentem ansiedade antes de falar em público, mas apenas 8% procuram ajuda profissional para melhorar. (CCE)
4. Desenho de experiências formativas eficazes

As metodologias atuais já não procuram apenas transmitir conhecimentos, mas também assegurar a sua aplicação prática e a participação ativa dos aprendizes.

Tendências principais:
  • Facilitação de múltiplos formatos: existe um crescente interesse por desenvolver competências tanto em ambientes presenciais como virtuais. 12% dos profissionais especializam-se em design instrucional para combinar tecnologia e pedagogia para criar experiências de maior impacto.
  • Gamificação e ciências do comportamento: posiciona-se como uma estratégia chave para desenhar experiências de aprendizagem imersivas, atrativas e centradas no utilizador (18%).
  • Teorias de aprendizagem inovadoras: incorporam-se modelos avançados, como a aprendizagem construtivista e o micro-learning, para fomentar uma maior retenção do conhecimento e adaptar-se aos estilos de aprendizagem individuais.
Propósitos destacados:
  • Desenhar workshops híbridos que combinem a interação presencial e a flexibilidade virtual.
  • Incorporar ferramentas de gamificação, simulações e ambientes interativos para enriquecer as sessões e alcançar uma aprendizagem mais centrada no utilizador.
  • 43% dos líderes de L&D carecem de uma estratégia ou plano a longo prazo. A ausência de planos estratégicos indica uma possível vulnerabilidade na adaptabilidade corporativa. (forbes)

  • Apenas 12% das organizações compreendem as necessidades formativas dos seus funcionários, e 59% afirmam carecer de dados para guiar as suas práticas. (LPI)
5. Certificações e desenvolvimento acadêmico

Num ambiente em que a aprendizagem se tornou um processo contínuo, os profissionais não procuram apenas validar os seus conhecimentos atuais, mas também antecipar-se às tendências do futuro.

Propósitos destacados:
  • Liderança e estratégia: "completar estudos em liderança e gestão estratégica para desenhar e executar iniciativas alinhadas com os objetivos corporativos".
  • "Obter certificações em temas técnicos e soft skills, como gestão de equipas, comunicação efetiva e gestão da mudança".
  • Apenas 29% dos funcionários estão satisfeitos com as oportunidades de progressão profissional na sua empresa atual. (SHRM)

  • 48% das organizações investiram em programas de acreditação de gestão de projetos para os seus funcionários. (Wellington)
5 tendências chave L&D nas organizações
6. Skills Gap: desenvolvimento das competências do futuro

O futuro presente são as competências digitais e a adaptabilidade. As empresas enfrentam um panorama em mudança que exige que os seus funcionários sejam cada vez mais versáteis. Neste sentido, destaca-se o desenvolvimento de competências digitais e competências transversais (como a comunicação, a resiliência e a inteligência emocional).

Tendências principais:
  • Aumento da formação digital: 69% das empresas inquiridas planeiam aumentar os seus investimentos em competências digitais devido à crescente procura por competências em tecnologia.
  • O aumento das soft skills: competências como o pensamento crítico, a negociação e a colaboração aumentaram em prioridade para 59% das organizações.
  • Adaptabilidade organizacional: 57% das empresas inquiridas consideram que formar os seus funcionários em competências de adaptabilidade e gestão da mudança é uma prioridade para se manterem competitivas.
Propósitos destacados:
  • Fomentar comunidades de aprendizagem através de mentoring interno ou plataformas colaborativas.
  • Implementar programas de microlearning interativo que permitam aos funcionários aceder a cursos breves e específicos em qualquer momento.
  • Apenas 31% dos profissionais de RH acreditam que as suas organizações analisam eficazmente as lacunas de competências. (Shiftbase)

  • Apenas 54% dos funcionários asseguram que a sua empresa lhes proporcionou oportunidades suficientes para aprender novas competências, apesar de 74% expressarem o desejo de se desenvolverem. (Hownow)
7. Liderança e cultura organizacional: transformação desde dentro

Em 2025, as organizações estão centradas em formar os seus líderes para fomentar uma cultura inclusiva e colaborativa. Ou seja, os líderes devem tornar-se agentes da mudança.

Tendências principais:
  • Programas de liderança centrados na empatia: 58% das empresas inquiridas estão a priorizar a formação em empoderamento emocional para os seus líderes.
  • Liderança inclusiva: 65% das empresas destacam a diversidade e a inclusão como parte fundamental dos seus programas de liderança.
  • Preparação de líderes emergentes: para capacitar líderes a todos os níveis, não apenas na alta direção, 22% das organizações procuram implementar programas de desenvolvimento de líderes emergentes para cargos superiores.
Propósitos destacados:
  • Fortalecer a cultura organizacional através da valorização do feedback: “criar um ambiente de liderança onde se valorize tanto o feedback positivo como o construtivo”.
  • Programas de formação em liderança ética e na tomada de decisões inclusivas para reforçar o compromisso e a lealdade para com a empresa.
  • Apenas 12% dos líderes consideram estar preparados nas áreas críticas para liderar com sucesso. (DDI)
  • Os sinais de esgotamento estão a aumentar entre os líderes: 72% relatam que frequentemente se sentem esgotados no final do dia, um aumento de 60% em relação a 2020. (DDI)
8. Medição e avaliação: alinhamento com os objetivos estratégicos

Para garantir que os investimentos em L&D sejam eficazes e contribuam para o desempenho de toda a empresa, é necessário medir o seu impacto real. Em 2025, os profissionais de L&D optam por avaliações que vão além da participação, focando-se também nas competências, no desempenho e nos resultados de negócio.

Tendências principais:
  • Competências centradas no negócio: 57% das organizações focam-se este ano em competências diretamente ligadas aos resultados comerciais e aos objetivos estratégicos.
  • Avaliação do impacto da formação: com as restrições orçamentais como principal desafio estratégico, a medição do ROI em formação é um imperativo. Em consequência, 60% das organizações asseguram que este ano medirão o impacto direto dos seus programas de L&D em aspetos como os resultados comerciais e o desempenho dos funcionários.
  • Automatização da análise: parece que as ferramentas de avaliação automatizadas estão em alta, com 46% das empresas a utilizá-las para analisar a eficácia da aprendizagem.
Propósitos destacados:
  • Definir métricas claras de desempenho (KPIs) para cada programa de formação.
  • Estabelecer avaliações práticas após cada formação para medir se a aprendizagem se traduz em competências reais.
  • Apenas 12% dos profissionais de L&D asseguram que a sua organização mede adequadamente o impacto empresarial da formação na sua organização (Brandon Hall Group).

  • 44% dos diretores de L&D estão preocupados que o ROI possa evidenciar que os seus programas não são bem-sucedidos, o que poderia levar a mudanças na estrutura organizacional (Warwick Conferences).
9. Bem-estar e desenvolvimento integral do funcionário

É um facto: quando as pessoas se sentem valorizadas e apoiadas, as organizações brilham. O bem-estar integral há muito deixou de ser um “extra” para se tornar um fator chave do sucesso corporativo. Não se trata apenas de reduzir o stress ou melhorar a produtividade, mas de criar ambientes onde os funcionários encontrem um equilíbrio entre a sua vida laboral e pessoal.

Tendências principais:
  • Bem-estar integral: 63% das empresas inquiridas afirmam ter incluído nos seus programas formativos uma combinação de saúde emocional, física e social.
  • Resiliência emocional como base: mais de 54% das empresas estão a formar as suas equipas em gestão do stress e autocontrolo emocional.
  • Conciliação real: para facilitar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, 61% das empresas adotaram medidas como horários flexíveis e apoio psicológico.
Propósitos destacados:
  • Integrar programas de bem-estar emocional no plano de desenvolvimento profissional, como sessões de mindfulness, coaching emocional ou formação em gestão do stress.
  • Priorizar a formação em inteligência emocional para melhorar o desempenho e a felicidade dos funcionários.
  • 75% dos líderes de RH afirmam que os gestores da sua organização estão sobrecarregados com mais responsabilidades do que podem gerir. (Gartner).
  • 1 em cada 3 mulheres tem dificuldades para falar sobre a sua saúde no trabalho. (WomensHealth)
10. Desenvolvimento do talento interno e fidelização

Num panorama laboral onde a atração e retenção de talento são cada vez mais desafiantes, as empresas da comunidade GoodHabitz priorizam o crescimento profissional das suas equipas através de planos de carreira, programas de formação interna e benefícios personalizados. Uma tendência que, sem dúvida, responde à necessidade de preencher vagas estratégicas e de fidelizar talento num mercado cada vez mais competitivo.

Tendências principais:
  • Foco no desenvolvimento interno: segundo os dados da nossa pesquisa, 66% das empresas priorizam a formação interna para preencher vagas críticas em vez de recorrer à contratação externa.
  • Programas de reskilling e upskilling: face à automatização e à transformação digital, 58% das organizações asseguram estar a apostar na requalificação dos seus funcionários atuais, especialmente em áreas de tecnologia e liderança para se adaptarem às mudanças do mercado.
Propósitos destacados:
  • Reskilling estratégico focado em áreas chave como a análise de dados e a cibersegurança.
  • Criar academias internas de liderança e especialização.
  • 89% dos líderes de RH acreditam que os planos de desenvolvimento interno da sua organização não são claros para muitos funcionários (Gartner).
  • 1 em cada 3 funcionários não se sente otimista sobre as oportunidades que têm de se capacitar para aprender novas competências ou melhorá-las (SHRM).
Conclusão

Em 2025, o L&D será, de igual forma, uma prioridade estratégica e uma vantagem competitiva para todas as organizações. A inteligência artificial, o desenvolvimento de liderança, a comunicação eficaz e o bem-estar integral são apenas algumas das áreas que marcarão os passos das organizações rumo ao sucesso. A sua organização está pronta para o futuro do L&D? A mudança começa agora!

Chegou a altura de adotar novos hábitos!

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